sábado, junho 29, 2002



Klimt. Esperança.

Parte
Eu te concedo ler meus pensamentos
Pode entrar, sem bater
Toma cuidado pra não pisar em cacos passados
Desvie das dúvidas, vá direto ao ponto

Te permito se entranhar
Revira meu estômago
Pulsa com meu coração
Bombeia minha alma

Tira logo essa casca, entra sem medo
Não me faça perguntas
Leia as respostas
Na ponta da minha língua
Com a sua língua

Caminha comigo, uma perna de cada vez
Durma e sonhe meus sonhos
Acorde, e faça tudo outra vez

Tenha fome, tenha sede
Se alimente de mim
Aproveita a preguiça
Pra me coçar a cabeça
Me fazer um carinho
De dentro pra fora
Em volta
Em cima
Embaixo

Seja minhas mãos
Me trazendo prazer
Sinta o arrepio na espinha
E suspire comigo
Como se te faltasse o ar
Tira meu ar
Deixa uma brecha
Pra eu poder respirar

Sem ter conhecimento
Eu já te guardei aqui dentro
Já te fiz uma parte
Desse pedaço de corpo
Que já foi teu
De dentro
Pra fora
Em volta
Em cima
Embaixo.
Eu tô meio foda-se. Liguei o botãozinho mesmo. Até a hora que outro botãozinho ligar, eu tô ligada no total foda-se. E como é bom falar isso, foda-se. Foda-se muito, foda-se tudo, foda-se eu, foda-se você, foda-se todo mundo de cabo à rabo.
Boa noite.

sexta-feira, junho 28, 2002

Track Title: Wait Till You See Him

Album Title: Rodgers and Hart Songbook, disc 4
Prime Artist: Ella Fitzgerald
Lyrics by: Lorenz Hart
Music by: Richard Rodgers

Producer: Norman Granz
From the Show: By Jupiter 1942 (S)


Lyrics:
Wait till you see him
See how he looks
Wait till you hear him laugh.

Painters of paintings
Writers of books
Never could tell the half.

Wait till you feel
The warmth of his glance,
Pensive and sweet and wise.

All of it lovely
All of it thrilling
I'll never be willing to free him.

When you see him
You won't believe your eyes
You won't believe your eyes.

quinta-feira, junho 27, 2002

Foi um dia maravilhoso. Estar cercada por uma amiga muito querida e ainda levar de brinde a filha dela ( uma pessoinha de 3 anos de idade criativa e simpática,além de linda) é muito bom. Foi um dia de brincadeiras, de tirar fotos, de comer nhoque, de andar de carro. Temos fotos!!!
A noite ontem foi bem legal. Dancei um pouco nesse sobrado no centro, lugar que deve ser recheado de gente dançando gafieira em outros dias da semana. Teve show, teve Lucio K e Fábio Maia, e teve duas garrafas de Pepsi. Nunca mais tinha visto uma garrafa de Pepsi. Coisas do centro do Rio. Bom que acabou cedo, mas só fui dormir mesmo de manhã com o sol ( ele voltou) raiando. Que bom que meus dias tão calmos assim, e que passam rápido porque eu ando me ocupando...

quarta-feira, junho 26, 2002


muito provavelmente eu devo ir aqui hoje.

O que uma pessoa recém-separada faz numa noite dessas? Não posso é ler o que estou lendo "A Vida Sexual de Catherine M", porque pode me complicar a vida. O jeito é inventar algum programa onde eu possa extravasar essa energia contida, essa irritação que tomou conta de mim hoje, e transforma-lá em algo saudável. Já que não posso ter sexo, posso dançar.
Acabei não acordando. Perdi um momento histórico. Será que mais alguém dormiu além de mim? Acho que não, pelo menos não alguém que eu conheça. Acordei já na comemoração. Aí não teve jeito e liguei a tv, fiquei assitindo as pessoas pelo Brasil pulando e eu rindo por dentro...eu não tô nem aí. Na verdade, na minha vida não vai fazer a menor diferença o Brasil ganhar ou não.
Voltei a dormir, e acordei com um telefonema estranho, que não me deixou fazer hoje o que eu havia planejado, de ficar preguiçosa na cama o dia todo. Já me irritei, já falei o que devia e não devia. Agora as coisas têm que se resolver, e eu preciso me sentir bem, pra conseguir me comunicar sem raiva. Porque eu já estou irritada, fico com raiva, não sinto pena, e acabo sendo dura e sincera demais. Mas nunca é pouco pra ser verdadeira. Acho que no final das contas, é melhor pra todo mundo. Falo isso, pois já passei pelas duas situações. Quando não fui sincera, quando resolvi usar de artifícios para amenizar uma coisa que já estava fadada ao fracasso, foi pior. Quando fui mais objetiva, agi com menos tato, foi melhor a longo prazo. Na hora a pessoa pode ate não entender muito bem, mas no final das contas, até me agradece.
Mas cansa. Cansa ser a pessoa considerada "fria", ouvi isso muitas vezes só hoje. O problema é que não sou fria, posso ser realista, eu sou rápida em perceber quando não vai dar certo, além do que já foi. Aï não tenho medo de jogar a toalha mesmo. Tenho mania de dizer a seguinte frase: a situação é, como ela se apresenta.

Boa noite.
Nossa. Que sono.
Brasil X Turquia né? Aham...
klimt.

terça-feira, junho 25, 2002

Gosto de me sentir assim, sem rumo. A verdade é que o que mais me "incomoda" , é esse frio na barriga e essa ansiedade constante que têm me acompanhado ultimamente. Mas a sensação de estar livre, sem ter muito pra aonde ir, nem com quem, me agrada. Tem algum tempo que não experimento isso. Eu cuido de mim, e do que eu quero pra mim. E agora é o que mais me dá prazer, ouvir o que eu quero, e tentar plantar pra depois colher o melhor pra que as coisas se realizem.
A pessoa mais importante pra mim agora, sou eu. Mas isso não me faz mais egoísta, pode sim, me fazer mais individualista. Mas continuo gostando da companhia das pessoas queridas, continuo gostando de jogar conversa fora, e tudo que vem no grande pacote de uma amizade. Não estou uma geladeira, muito pelo contrário, estou sentindo mais, respirando mais, pensando mais. E assim, mais ciente do que eu almejo, eu me sinto mais segura, portanto, é seguro estar perto de mim nessa fase. Porque sei o que eu quero, e tento descobrir como conseguir o que quero. Sei que a fase é de muitas conversas, muitas descobertas, e esse talvez, seja o motivo pra tanto frio na barriga . Alguma coisa pode acontecer, e eu gosto quando a música de suspense começa a tocar alto.

segunda-feira, junho 24, 2002

Agora eu tenho que ir ali, cuidar da minha vida.
Não acredito em coincidências. Acredito em fatalidades. E não, não é a mesma coisa.

domingo, junho 23, 2002

Eu óbviamente achei que fosse acordar diferente, mas não, está tudo igual. Acordei com um telefonema, uma voz tão querida do outro lado. Sonhava com coisas misturadas, gente misturada, confusão. E a voz do outro lado da linha veio me acalmar, me trouxe uma mistura de sentimentos, na confusão de estar acordando. E eu não me lembro bem, mas sei que não estava sonhando.
Dormir é bom , mas acordar pra coisas que são tácteis, é bem melhor.

sábado, junho 22, 2002

E agora?
Elisa Lucinda

Cor-respondência

Remeta-me os dedos
em vez de cartas de amor
que nunca escreves
que nunca recebo.
Passeiam em mim estas tardes
que parecem repetir
o amor bem feito
que voce tinha mania de fazer comigo.
Não sei amigo
se era o seu jeito
ou de propósito
mas era bom, sempre bom
e assanhava as tardes.
Refaça o verso
que mantinha sempre tesa
a minha rima
firme
confirme
o ardor dessas jorradas
de versos que nos bolinaram os dois
a dois.
Pense em mim
e me visite no correio
de pombos onde a gente se confunde
Repito:
Se meta na minha vida
outra vez meta
Remeta.


sexta-feira, junho 21, 2002

"se você jurar que me tem amor, eu posso me regenerar."

quinta-feira, junho 20, 2002


my heart...before, after?

sexta-feira, junho 14, 2002

"Amor... Você já amou? Horrível, não? Você fica tão vulnerável. O peito se abre e o coração também. Desse jeito qualquer um pode entrar e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, pra que nada possa te causar mal. Aí, uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outra, entra em sua vida idiota. Você dá a essa pessoa um pedaço seu. E ela nem pediu. Um dia, ela faz alguma coisa idiota como beijar você ou sorrir e, de repente, sua vida não lhe pertence mais. O amor faz reféns. Ele entra em você. Devora tudo que é seu e te deixa chorando no escuro. Por isso, uma simples frase como "talvez a gente devesse ser apenas amigos" ou "muito perspicaz" vira estilhaços de vidro rasgando seu coração. Dói. Não só na imaginação ou na mente. É uma dor na alma, no corpo, uma verdadeira dor que entra-em-você-e-destroça-por-dentro. Nada devia ser assim. Principalmente amor. Odeio amor. "
(Neil Gaiman- Entes Queridos, em The Sandman 65)


Eu preciso me convencer de uma coisa. Preciso ficar repetindo pra mim mesma.
Eu quero esquecer. Eu preciso de um tempo disso. O amor não rege a minha vida.
Oito anos sem estar me sentindo jogada de lado, esquecida...
Isso não fez bem pro meu ego, porque agora, se alguém não me amar de volta, é capaz de eu não aguentar.
Não saber lidar com isso. É bem provável que isso me tire do meu centro. Me desestabilize.

terça-feira, junho 11, 2002

Um, dois , três. E vamos nós outra vez.